quinta-feira, 19 de julho de 2012

Governo planeja construir 70 aeroportos regionais até 2014



— Do ponto de vista estratégico, temos que discutir agora, através de investimentos da Infraero [estatal que administra os aeroportos] e dos Estados e municípios. Hoje são 129 aeroportos regionais e atendemos a 74% da população brasileira num raio de 100 km. Queremos nos aproximar de duas centenas e atender a 94% da população brasileira. 

Os aeroportos ficariam prontos antes da Copa do Mundo do Brasil, segunO governo brasileiro planeja ampliar o número de aeroportos regionais brasileiros de 129 para até 200 dentro de dois anos. Os estudos já começaram e o plano está em andamento, informou nesta segunda-feira (25) o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, durante encontro com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) em São Paulo. 
do o ministro, embora o prazo final ainda não tenha sido estabelecido no plano de aviação civil. 

—No trabalho que estamos fazendo, [a meta] é fazer com que os aeroportos sejam cumpridos ate 2014, mas temos que ver o programa final que está sendo desenvolvido e depois verificar esse prazo. 

Apesar de reconhecer que essa espécie de cronograma possa atrasar, já que é necessário “planejar a obra, verificar alternativas para fazer o investimento e depois fazer a construção”, o assegurou que tempo para erguer esses empreendimentos é suficiente.

— Dá [tempo]. Nós somos rápidos. 

A aviação civil brasileira cresceu, em média, 18% ao ano entre 2006 e 2011. O número de embarques nos aeroporto administrados pela Infraero em 2011 chegou a 179,9 milhões. Entre janeiro e maio deste ano, já são 77,1 milhões de embarques em voo domésticos e internacionais. 

Novas concessões 

Em fevereiro deste ano, o governo federal leiloou a maior parte e entregou à iniciativa privada três dos principais aeroportos do País — Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF). O Planalto arrecadou R$ 24,5 bilhões om o negócio. 

Bittencourt, no entanto, descartou por hora novos repasses os terminais brasileiros à empresas particulares. 

— A concessão é uma alternativa ao investimento, mas não existe nenhuma decisão quanto à concessão de novos aeroportos. Existe a possibilidade de construção de novos aeroportos em São Paulo, mas isto esta sendo avaliado pelo Decea. Mas não existe nenhuma definição quanto a concessão de novos aeroportos. 


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Saia justa 

Durante o encontro na capital paulista, o ministro ouviu reclamações dos empresários por causa da infraestrutura aeroportuária do País, sobretudo em Guarulhos. Uma das questões levantadas foi se o ministro já tinha desembarcado no aeroporto de Cumbica, de um voo internacional, no horário de pico. Ele disse que sim e admitiu ter encontrado dificuldades. 

— Já desembarquei e realmente é um problema. É natural que o aeroporto cheio causa problemas e é por isso que estamos fazendo as concessões e novos investimentos. 

Bittencourt também ouviu do próprio organizador do encontro e presidente do Lide, João Doria Jr., uma queixa sobre a negativa da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a empresa aérea americana Delta Airlines, que tentou substituir uma aeronave que faz a rota Brasil-Estados Unidos por outra de maior porte. 

A troca do avião ampliaria, segundo Doria, em 120 o número de passageiros transportados por dia no voo São Paulo e Atlanta (EUA), o que daria quase mil pessoas a mais sendo transportadas por semana — sem a necessidade de um espaço extra dentro do aeroporto. Bittencourt afirmou que iria interferir junto à Anac e à Infraero para liberar a nova aeronave.

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