Março marca o início de período para quem busca férias mais acessíveis.

Passado o Carnaval, começa oficialmente a baixa temporada de férias, quando hotéis e companhias aéreas fazem grandes descontos para não ficar com quartos e assentos às moscas. Quem sai ganhando é o turista, que encontra pacotes de viagem em média 30% mais baratos. O preço é justamente o que atrai a agente de turismo Ana Paula Ribeiro. Depois de anos fechando pacotes para os clientes na alta estação, ela afirma que tem como regra fazer as próprias malas só na baixa temporada.
– Por que vou pagar mais caro para fazer a mesma coisa? – questiona.
A gaúcha conta que já visitou vários lugares do mundo fora do período tradicional e só vê vantagens em escolher uma época diferente. Desta vez, o destino será o Leste Europeu.
Já a vendedora Nívea Batista escolheu Porto Seguro para curtir as férias, que serão em agosto.
– É um lugar que tem clima quente o ano inteiro, então vou aproveitar da mesma maneira. A diferença é que vou sair agasalhada daqui e usar biquíni lá – brinca Nívea.
O agente Ronald Zancan, da RZ Turismo ressalta, no entanto, que nem sempre essa regra vale.
– O barato pode sair caro. Se o objetivo for viajar para surfar, por exemplo, não faz sentido nenhum embarcar fora da estação de ondas. O preço das passagens não deve ser o único determinante – afirma.
Patrícia Brogni, da agência Clube Turismo, lembra que procurar com antecedência é fundamental para encontrar boas ofertas. Se deixar para comprar em cima da hora, o desconto pode ser tão pequeno que não vale mais a pena.
Também não adianta nada economizar nas passagens e na hospedagem e voltar com um rombo no cartão de crédito. Segundo a psicóloga e consultora de finanças pessoais Márcia Tolotti, mesmo pessoas que costumam ser controladas no dia a dia acabam gastando mais no período de férias.
– Como estamos mais relaxados e ninguém quer saber de fazer contas, a probabilidade é que o cartão seja usado sem critério, causando um problema sério na volta. Uma das razões da depressão pós-férias, inclusive, é o saldo bancário e as dívidas acumuladas – diz a psicóloga.