domingo, 16 de junho de 2013

Microsoft e Facebook revelam dados sobre alcance da espionagem oficial.

A Microsoft se somou ao Facebook ao revelar detalhes sobre os pedidos de informação privada feitos pelo governo dos EUA. Em seu caso, eles afetaram entre 31 mil e 32 mil contas de usuários, o que a empresa considera uma "pequena fração" de sua clientela total.Facebook (Foto: Reuters)
O vice-presidente e subconselheiro legal da Microsoft, John Frank, fez a revelação no blog oficial da companhia, citado neste sábado (15) pela imprensa americana.
"Nos últimos seis meses de 2012, a Microsoft recebeu entre seis mil e sete mil ordens relacionadas com causas criminais ou de segurança nacional e pedidos de informação que afetaram entre 31 mil e 32 mil contas de clientes", afirmou Frank.Os pedidos vieram de "entidades governamentais dos EUA em nível local, estadual e federal", disse o responsável da Microsoft, que lembrou que a companhia não pode identificar quantas dessas ordens pertencem ao programa de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA).
"Isso só afeta uma pequena porção da base global de clientes da Microsoft", disse.
O Facebook também divulgou dados sobre as solicitações de informação que recebeu no mesmo período de 2012, e que chegam a entre nove mil e dez mil pedidos que afetaram entre 18 mil e 19 mil contas de usuários da rede social.
As duas grandes empresas fazem parte do grupo de nove companhias identificadas na semana passada pelos jornais "Guardian" e "Washington Post" como parte de um programa de vigilância eletrônica conhecido como Prism.
Esse programa permite supostamente acessar dados diretamente dos servidores de nove das maiores empresas de internet americanas, como Google, Facebook, Microsoft e Apple.
As empresas inicialmente negaram ter conhecimento do Prism, mas reconheceram que ocasionalmente são obrigadas, por lei, a conceder informação ao governo dos EUA.
Elas pediram e obtiveram autorização para divulgar detalhes desses pedidos.
Em seu comunicado, a Microsoft agradeceu a permissão para publicar os dados, mas ressaltou que o que está autorizada a revelar ainda não é o bastante para ajudar a comunidade a entender e debater estes assuntos.
"Com o tempo, confiamos que o governo dará mais passos. A transparência por si só pode não ser suficiente para restaurar a confiança pública, mas é um grande lugar para começar", declarou Frank.

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