domingo, 29 de setembro de 2013

Ocupação da Câmara do Rio não é 'melhor forma de dialogar', diz Cabral

Policiais simulam treinamento na Cidade da Polícia, inaugurada neste domingo (29) (Foto: Marcos Arcoverde / Estadão Conteúdo)Durante a inauguração da Cidade da Polícia neste domingo (29), o governador do Rio, Sérgio Cabral, comentou a retirada dos professores da Câmara Municipal durante a madrugada. Citando que não acha a ocupação a melhor forma de "dialogar", Cabral afirmou que não viu as imagens da ação da Polícia Militar, e, por isso, não poderia "julgar" a violência policial,reclamada por ativistas"Eu não posso fazer esse julgamento porque eu não vi ainda as imagens. A ocupação do plenário não é daquela maneira que tem que ser feita para participação de um debate. A democracia estabelece ritos que devem ser feitos. Eu, como ex-parlamentar, chefe do Poder Legislativo, acho que a participação da população deve se dar sempre, mas dentro de direitos e deveres. Mas se houve enfrentamento, eu, sinceramente, não vi. Ocupar um plenário não é a melhor forma de dialogar e fazer qualquer tipo de debate", disse.
Ocupação no Lins
Cabral falou também sobre a notícia, publicada no jornal “O Dia”, de que comunidades do Lins serão as próximas a serem ocupados, no domingo (6). “Sem dúvida, nós estamos nos preparando para uma nova operação. Mas quem pode responder isso melhor é o secretário de Segurança”, disse. “Certamente teremos uma operação em breve.”
Inauguração
A Cidade da Polícia vai abrigar 13 delegacias especializadas e mais a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), cinco órgãos da Chefia de Polícia, além de uma prefeitura para cuidar da área administrativa, foi inaugurada na manhã deste domingo (29), no Jacarezinho, Subúrbio do Rio.
Cabral chegou ao local com atraso de uma hora, por volta das 11h, e iniciou um passeio pelo local, acompanhado do vice, Luiz Fernando Pezão, e do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. às 13h, o governador respondeu a perguntas de jornalistas.Mudança gradativa
A mudança das unidades será gradativa, com previsão de funcionamento total até novembro. A Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), parte da Core e o Esquadrão Antibomba já estão no local. A data escolhida é uma homenagem ao Dia do Policial Civil, comemorado neste domingo.
Atualmente, também já estão funcionando na Cidade da Polícia o Departamento Geral de Tecnologia de Informação e Telecomunicações (DGTIT), a Divisão de Telecomunicações (DT) e a Divisão de Tecnologia da Informação (DTI), todas no prédio chamado de Unidade de Monitoramento e Inteligência (UMI).
A Cidade de Polícia possui nove blocos, sendo o maior deles (aproximadamente 9 mil m²) o que concentra as delegacias. O projeto, orçado em R$ 170 milhões, também contempla área de convivência com lanchonetes e restaurante, auditório, estacionamento e heliponto suspenso. A área de treinamento é uma das mais sofisticadas, com Ambiente Cenográfico, Casa de Tiros e Estande de Tiros.

A Central de Atendimento ao Usuário é outro ponto importante do complexo. Será neste setor, com 150 lugares, que o cidadão receberá o atendimento preliminar antes de chegar à delegacia. Ele será orientado por recepcionistas formadas em Serviço Social ou Psicologia para direcionar adequadamente cada caso.

O complexo foi construído pela Empresa de Obras Públicas (Emop), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Obras, no terreno da antiga Souza Cruz, no Jacarezinho. O Proderj atuou no projeto como consultor na área de tecnologia.

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