O Cremepe encontrou diversas irregularidades nas três unidades. "Superlotação, escalas incompletas de médicos, infraestrutura deficiente, como poucos leitos e falta de equipamentos, problemas físicos nas edificações. O Imip é o que está em pior situação", citou o coordenador. Ele informou que o relatório será encaminhado à Promotoria de Saúde do Ministério Público de Pernambuco e serão marcadas reuniões com gestores de cada unidade.
Roberto Tenório lembrou que, ano passado, o Centro de Saúde Integrado Amaury de Medeiros (Cisam), na Encruzilhada, sofreu interdição ética após fiscalização do Cremepe. Durante a interdição ética, médicos são convocados a não trabalhar e, por isso, o serviço deixa de funcionar. A unidade, segundo ele, deve ser reaberta após reforma no próximo mês de setembro.
A assembleia começou por volta das 20h, com a presenção de quase 300 pessoas, na sede da associação da categoria, na Boa Vista, área central do Recife. O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Mário Jorge Lobo, disse que as paralisações dos dias 23,30 e 31 não vão afetar os serviços de emergência. "Vamos paralisar os serviços eletivos, que podem ser remarcados. O atendimento de urgência, do Samu e da hemodiálise vai funcionar normalmente", explicou.
Antes de a assembleia começar, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Avila, informou algumas estratégias que as entidades que representam a categoria no país estão articulando, como paralisações pontuais, panfletagens, denúncias de irregularidades encontradas em unidades e falta de médicos em programas federais."Vamos falar com senadores e deputados para reverter os vetos [do Ato Médico] e também entrar, junto com a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], com um Adin [Ação Direta de Inconstitucionalidade] contra a Medida Provisória que trará médicos estrangeiros", disse. A ação deve ser impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) até a segunda semana de agosto. Investimento
Em nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) informou que, ano passado, lançou ano passado o plano de investimento em maternidades de alto risco, que prevê investimento de de R$ 81 milhões, até 2014, na construção de novas unidades (Hospital da Mulher de Caruaru e Maternidade Metropolitana Sul, em Jaboatão) e ampliação de leitos em unidades da rede existente (João Murilo, em Vitória de Santo Antão; Brites de Albuquerque, em Olinda; Hospam, em Serra Talhada e Dom Malan, em Petrolina).
“Com relação aos hospitais Agamenon Magalhães e Barão de Lucena, a SES reconhece que essas unidades, por serem as maiores referências para parto de alto risco, recebem uma grande demanda de todo o estado. Mesmo assim, estão atendendo em plena capacidade e estão com suas escalas completas. Isso porque, do novo concurso, realizado em 2013, 8 médicos (seis neonatolistas e dois obstetras) foram encaminhados ao Agamenon Magalhães e outros 10 profissionais (oito neonatologistas e dois obstetras) assumiram vaga no Barão de Lucena. Também é importante ressaltar que ambos hospitais estão passando por reformas de ampliação e modernização de sua estrutura, o que contempla melhorias em suas maternidades.”
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