
Com 37 mil habitantes, São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste do Estado, está sem os serviços de companhia há mais de uma década. A última empresa a operar na cidade foi a TAM, com voos para Florianópolis e São Paulo. Porém, o alto valor da passagem espantou os passageiros.
Também no Oeste, Concórdia, com 69 mil habitantes, foi atendida pela própria NHT em 2011 com voos diários a Curitiba (PR), mas não houve demanda. Em 2012, a cidade voltou a servir à companhia durante a interdição do aeroporto de Chapecó, distante 80 quilômetros, mas com a liberação do Serafim Enoss Bertaso, em julho, os voos voltaram para Chapecó.
Já Lages, na Serra, com 155 mil habitantes, não recebe nenhum voo regular há quatro anos e meio. A última companhia a operar na cidade foi a NHT, com uma linha iniciada em setembro de 2007 e que incluía Florianópolis e Criciúma. Porém, por falta de demanda, o serviço foi cancelado um ano depois. Antes da NHT, Lages havia sido atendida, há mais de 10 anos, pela Ocean Air, com voos para São Paulo.
Nova investida em SC
A Brava Linhas Aéreas deve operar voos diários de Lages para São Paulo no início de abril, com aviões para 30 pessoas em viagens de aproximadamente uma hora e 20 minutos.
Em sua nova investida em Santa Catarina, a Brava vai contemplar quatro cidades de uma só vez. De segunda a sexta-feira, um avião modelo LET, com capacidade para 19 passageiros e dois tripulantes e velocidade média de 300 quilômetros por hora, sairá de Porto Alegre (RS) e fará escalas em São Miguel do Oeste, Concórdia e Lages — nesta ordem — até chegar a Florianópolis, pouco mais de três horas após o início da viagem, ainda pela manhã.
A desvantagem é que o retorno será logo em seguida, somente uma hora após a chegada, obrigando quem precisar ir a Florianópolis, por exemplo, a pernoitar na Capital para ter tempo suficiente de cumprir seus compromissos e voltar no dia seguinte. Os horários já foram definidos, e os preços das passagens serão divulgados nos próximos dias.
— Não queremos concorrer com as grandes companhias, pois focamos as cidades do interior que não contam com voos regulares. Estamos apostando e gerando oferta para estimular a demanda e, conforme os resultados, oferecer novos horários e rotas —, diz o diretor de planejamento da Brava, Jeffrey Kerr.
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