sexta-feira, 19 de abril de 2013

Apesar de investimentos para Copa e Olimpíada, nenhum aeroporto brasileiro entra na lista dos cem melhores.

Apesar de o governo estar investindo mais de R$ 3 bilhões em obras de ampliação e reforma nos aeroportos para a realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, nenhum terminal brasileiro atendeu às exigências da consultoria britânica Skytrax, especializada em aviação civil. O país ficou fora do ranking de 2013 com os cem melhores aeroportos do planeta.

Deixando a segunda posição para a liderança da lista, encontra-se o aeroporto internacional de Changi, em Singapura, passando para trás o elogiado aeroporto de Seul, na Coreia do Sul. A Ásia ganhou força no levantamento de 2013 da consultoria. O Japão, sozinho, conta com quatro aeroportos dentro das 20 primeiras posições (Haneda e Narita, em Tóquio, Central Japan e Kansai), seguido de China, com três (Internacional de Hong Kong, Internacional de Pequim e Internacional de Xangai).

A Skytrax, uma empresa britânica de consultoria especializada em pesquisas de qualidade para a indústria da aviação, aplicou questionário com 12 milhões de turistas avaliando aeroportos internacionais e companhias aéreas em mais de 40 critérios, incluindo a cortesia das equipes, limpeza dos aeroportos, eficiência, compras e opções de lazer, qualidade dos serviços, infraestrutura e facilidades de trânsito.

Ano passado, a preocupação sobre as condições dos aeroportos brasileiros e a possibilidade de que não ficassem prontos, adequadamente, a tempo dos eventos esportivos, foi levada para o Senado pelo coordenador de Infraestrutura Econômica da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Campos.

Segundo Campos, as obras de ampliação de nove dos 12 aeroportos em funcionamento nas 12 cidades da Copa de 2014 não deverão ser concluídas até o início do evento esportivo. Na ocasião, sugeriu que se pensasse em um plano B, como a construção de terminais temporários.

O técnico do Ipea reiterava que, dos 20 maiores aeroportos do Brasil, 14 operam acima da capacidade. Entre eles, cinco — Galeão (Rio), Confins (Belo Horizonte) e os de Recife, Curitiba e Fortaleza — atuam no limite da eficiência operacional.

No ano passado, o governo licitou e passou às mãos da iniciativa privada três aeroportos, Cofins, Brasília e Guarulhos. A licitação do Galeão, no Rio, ainda está sendo aguardada.

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