sexta-feira, 26 de abril de 2013

Brasil é 'mercado top' para site de música na web e pirataria não assusta.


Pouco mais de três meses após o serviço francês de música on-line por streaming Deezer chegar ao Brasil, o país já se tornou o segundo em número de novos usuários no mundo, somente atrás da França. “O Brasil é um dos top três mercados no mundo para nós”, afirmou ao G1 o presidente-executivo da Deezer, Alex Dauchez.
Após quinze dias do lançamento, em janeiro, o tocador de música na web já computava 100 mil usuários, um recorde de adesão no mundo. Nem um dos maiores problemas para empresas cujo negócio é vender conteúdo por meio digitais chega a preocupar: "Não temos medo de pirataria”.Alez Dauchez, diretor-presidente do Deezer, ao lado de Mathieu Le Roux, diretor geral da empresa para América Latina, em São Paulo. (Foto: Divulgação)O otimismo em relação ao Brasil fez a empresa escolher o país para lançar uma nova ferramenta nesta quinta-feira (25), em escala mundial.
Chamado de "smart cache", e voltado apenas para aparelhos da Apple, o serviço memoriza as músicas mais ouvidas pelos usuários para criar um acesso rápido a elas. Assim, o carregamento dessas canções consome menos bateria do aparelho e menos dos pacotes de internet móvel.
Segundo a Deezer, essa função foi criada para países com dificuldade no serviço de banda larga móvel, como o Brasil.
Apesar de a ferramenta estar disponível apenas para quem possui o plano mais caro da Deezer (que varia de R$ 8,90 a R$ 14,90, por mês), é possível degustar o serviço gratuitamente por seis meses, na plataforma web, e por quinze dias, na móvel.
Desde a chega ao país, o número de músicas disponíveis também aumentou, de 20 milhões para 25 milhões.Segundo Dauchez, o interesse no Brasil ocorre pela diversidade cultural e a dimensão continental do país, além da relação próxima que o brasileiro possui com a música local.
“O brasileiro tem grande apetite por coisas novas. As pessoas são muito abertas. No meu negócio, a habilidade de as pessoas mudarem seus hábitos é muito crítico”, diz.
Nem a pirataria assusta. Pelo contrário. Indiretamente, pode até ajudar, segundo Dauchez. “Quando você pirateia, você procura música e acaba experimentando outros serviços.” Segundo ele, o problema não é somente local e, na França, quando o Deezer foi lançado, os níveis de pirataria chegaram a cair.Segundo Dauchez, a empresa costuma crescer mais em mercados onde enfrenta concorrência. O executivo pinta o país como crucial para a estratégia da Deezer: “Nós acreditamos que se tivermos sucesso no Brasil, teremos sucesso em qualquer lugar”, afirmou.

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